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O eterno Sérgio Weiss

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Dia:  

4

Mês:  

Ano:  

5

Nome da fonte:  

Jornal Valepaibano

Tipo de fonte:  

jornal

Página:  

Edição:  

Editora: 

-

14.716

-

Propriedade da fonte:  

Arquivo CDM/ SOCEM

Fundo ou Acervo:

Arquivo CDM/ SOCEM

Link original:  

Endereço (mapa):

São José dos Campos, SP, Brasil

Local histórico:

Local ausente ou desconhecido

Nome do(s) artista(s):  

Sérgio Weiss

Nome artístico ou apelido:  

Função do(s) artista(s):  

Instrumento musical:  

Sérgio Weiss

Título da publicação:  

O eterno Sérgio Weiss

Eixo Temático:  

Cultura Geral

#mpb #popular

2004

Nome do grupo artístico:  

Tags:  

00:00 / 01:02

Grande personagem da música de S. José, maestro completa 55 anos de carreira e encara um novo desafio: comandar um programa de rádio.

Quem liga o rádio no final da tarde e sintoniza a Logos FM (1059 PM) vai fazer uma viagem à primeira metade do século 20, quando a música que mexia com o público brasileiro eram os boleros, tangos e sambas vindos dos salões de baile.
De segunda a sexta, das 18h às 19h, o músico Sérgio Weiss está comandando o programa "Musical ao cair da Tarde". Aos 75 anos e com uma bagagem artística, Weiss é uma verdadeira lenda musical de Vale do Paraíba, e compartilha seus conhecimentos num programa desconhecido, em que o público pode participar e ajudar a rechear as edições seguintes. [...]
[...] Os boleros, o samba, o tango, o fox blue e os temas de filmes clássicos estão ali. "Tem uma parte em que faço comparações de versões diferentes de uma mesma canção, em outra peço para os ouvintes advinharem a música. Só tem clássicos da música popular. A música popular dançante é a minha prata", afirmou o músico.
A ligação de Weiss com a música popular vem dos seus primeiros passos na área. Com sete anos, influenciados pelos avôs, ele se acostumou a fazer suas primeiras apresentações de plano em família, logo de cara, percebeu que a música clássica não era para ele.
"Naquele tempo, todas as casas tinham uma sala de música com o piano. Como não tinha televisão ainda, depois do jantar todo mundo se reunia na sala. Não estudei, não sou um pianista, sou 'pianeiro'. Não toco clássico, nele tem que seguir as bolinhas (mostrando uma partitura), não há margem para o improviso. Nesse ponto sou um rebelde", disse.
SUCESSO- Desde a época em que descia para Caraguatatuba montado em cavalos durante hroras para tocar no Praia Hotel, no anos 40, quando chegada a dedilhar o piano à luz de velas- havia luz elétrica somente até às 22h- ele se dedicou com afinco a animar os salões da região.
"Tive um aprendizado grande nas noites de Caraguá, fui desinibido e sabendo me portar diante do público", afirmou Weiss, que em 1949, ao lado de representantes de outras familiaa tradicionais de São José, fundou a Tênis Clube, palco de apresentações memoráveis de seus conjuntos.
Esses conjuntos fizeram história no país, principalmente o Biriba Boys, que lançou oito discos e cheou a ter programa na televisão. Com o Biriba, o músico percorreu todo o Estado de São Paulo, Sul de Minas e Rio de Janeiro mostrando seu talento por 18 anos,num período em que dividiam a cena com nomes como Elis Regina, Elizeth Cardoso, Elza Soares e Cauby Peixoto. "Quando a gente tacava no Rio, fazia a parte dançante e depois esses artistas entravam com o show. Muitas vezes a gente acompanhava eles, numa relação de camaradagem", disse o instrumentista, que lembrou un episódio engraçado envolvendo um até então desconhecido cantor, que depois ficou famoso.
"Fizemos um baile em Taubaté e me pediram para deixar un rapaz novo cantar. Eu não gosta muito disso mas falei: 'tábom, vai..." O menino foi excelente, muito aplaudido. O nome dele era Jair Rodrigues. Convidei ele para participar mas não cantava bolero, músicas italianas, francesas, inglesas, não tinha jeito", afirmou o músico, que resistiu aos convites para sair de São José.
"Tinhamos muito potencial e teríamos sido os Mamonas Assassinas da época. A gente fazia muitas brincadeiras. Mas não quis ir para o Rio ou São Paulo. Amo muito minha cidade", disse.


Músico defende os bailes
Defensor dos tradicionais bailes- contaliza 4.000 apresentações - , Sérgio Wiess lembra um duro golpe que sofreu na década de 70. "Quando veio a novela Dancing Days, as pessoas só queriam discoteca. Depois veio Woodstock, os Beatles, o rock entrando nos salões e o público que dançava fugiu", disse.
Mesmo assim, ele não desistiu e criou o conjunto [...] que sucedeu o Brasília Modern Six. "As pessoas pediam para voltar, queriam dançar", lembrou. A solução encontrada foi criar um espaço, que se concretizou com o nome de Gafieira Elegante de São José. Em seguida, veio a orquestra Silvestar, que retomou o glamour dos grandes bailes, voltando a percorrer a trilha do Biriba Boys, décadas depois.
No início dos anos 90, novamente o interesse pelos bailes diminuiu e o grupo se desmanchou. Nada que desanimasse Weiss, que continuou fazendo seus bailes, acompanhado de um teclado moderno, no qual, tinha uma orquestra à sua disposição.
Atualmente, ele se apresenta todas as quintas, às 12h15, no Espaço Mário Covas, em São José, com entrada gratuita. Para quem gosta de boa música, Weiss está pronto para mostrar sua arte, como na canção "Minha Cidade", um das composições de sua carreira, que virou tema de aniversário de São José, no rádio ou no palco, não deixando morrer a magia dos bailes e das canções que conquistaram gerações.

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