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Acta da reunião da Meza administrativa da Irmandade de São Benedicto
Livro de Ata da Irmandade de São Benedicto - Corporação Musical São Benedicto
1910
"Acta da reunião da Meza administrativa da Irmandade de São Benedicto.
Aos quatorze dias do mez de Abril do anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil e novecentos e sete, nesta parochia de São José dos Campos, na capella de São Benedicto, lugar destinado para as reuniões da respectiva Irmandade, as duas horas da tarde, sob a presidencia do irmão Juiz Maior e Elias Luciano dos Santos, secretariado pelo irmão Cesar Leite Junior, reuniram-se os irmãos Juiz Menor Anselmo Fernandes, Thezoureiro Sebastião de Moraes, zelador José Pedro Corrêa, Meirinho João Antonio dos Santos, mezarios Sylvestre Braga, Britto de Moraes, Guilherme Vicente, Benedicto Ribeiro, João Sebastião, Victurino Bicudo, Francisco de Mattos e Francisco Santos.
Em seguida foi aberta a sessão, procedendo-se a leitura da acta anterior que sem discussão foi approvada." [...]
"Ficou resolvido, relativamente à Corporação Muzical "São Benedicto", que a sua regencia fosse entregue ao M. Firmino Alves, sendo representante directo da Irmandade perante a mesma o Thezoureiro José Sebastião de Moraes e auctorisou-se o concerto do respectivo instrumental e que a Irmandade tratará de rehaver os fardamentos que se acham em poder de diversos." [...]
Assinam: José Sebastião Moraes, José Pedro Corrêa, Benedicto, Fernandes, Cesar Leite Junior

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REGIONAL E-5
Trecho do Álbum de São José dos Campos – 1951
1940
“O REGIONAL E-5, que acompanha os programas musicais de estúdio, em sua maioría, está entregue à competente direção de COSTA FILHO, perfeito violinista, que agregando elementos, formou o nosso conjunto. O REGIONAL E-5, formado por Rui Costa, (pandeirista), Ayrton César (pandeirista), Nelsinho (acórdeon), Fernandes (violão), tem como cantores, Geraldo Maurício, Cowboi Mirím, Estéla Altaír, Odete Monteiro, Eugênia Domingues, Dupla Azul e Branco, J. Portéla, Gramury, Tom Bill, Joél de Souza, Adaltiva de Moura, Trovadores do Sereno (conjunto vocál), Adalgiza de Moura, etc, e como solistas, em audições especiáis; ALTINO BONDESAN, ao bandolim, com composições geralmente de sua autoria; ELMANO FERREIRA VELOSO, ao violão, tambem com composições suas; WALTER OVALE, o mestre do cavaquinho, e tambem compositor fino. Programas semanáis de estúdio são apresentados constantemente por todos êsses elementos, dos quais se orgulha a Rádio Clube São José dos Campos.
Entre as programações de estúdio, podemos também citar os programas a cargo do Maestro José Tito Alves da Silva, e seu conjunto de cordas, apresentado todas as sextas-feiras. Reunindo junto a si, muitos alunos, executando músicas de sua autoria, tem o Maestro Tito agradado plenamente. "A Hora do Estudante", orientado pelos estudantes Álvaro Gonçalves, Demétrio Rocha e Heloísa Dalva do Rio. Programa de audições interessantes, com farto noticiário escolar, debates, novidades, artigos escolares, etc.”

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As estações de rádio
Trecho do livro “Um tempo na vida em São José dos Campos”, de Augusto Dias
1930
Em São José dos Campos, a primeira rádio da cidade a ser instalada, foi - na verdade - um serviço de alto-falantes, fundado em 27 de março de 1937. Seus estúdios ficavam no Hotel dos Viajantes, na Rua XV de Novembro (que seria demolido na década de 50 para ligar a Rua Sebastião Hummel à Avenida São José, na orla do Banhado). A PL1 tinha um "cast" com "speakers", cantores, declamadores, conjuntos musicais, humoristas, rádio-teatro e compositores.
Mas, a primeira rádio a chegar às casas dos joseenses foi a ZYE-5 Rádio Clube de São José dos Campos. No dia 28 de setembro de 1946, a rádio fundada por Flávio Carneiro de Mendonça e Ferreira Moisés, instalada na Rua XV de Novembro, ia ao ar pela primeira vez. [...]
[...] Aniz Mimessi foi seu primeiro locutor-chefe e depois diretor-gerente, responsável pela programação que incluía rádio-teatro, programas religiosos, musicais de estúdio, noticiários como o "Comandos do Ar" com Álvaro Gonçalves, humorísticos, programas estudantis, programas de auditório aos domingos à tarde e coberturas esportivas com Matarazzo Filho.”

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O primeiro cinema moderno
Trecho do livro “Um tempo na vida em São José dos Campos”, de Augusto Dias
1940
“No dia 27 de fevereiro de 1939, o Prefeito Sanitário Francisco José Longo assinou o Ato Nº 28, "concedendo isenção do imposto predial pelo prazo de dez anos sobre edifício que fosse construído na zona comercial da cidade, especialmente destinado à instalação de cineteatro, de bom acabamento, amplo, com todos os requisitos higiênicos, que comportasse lotação mínima de 1.400 lugares, devendo ter caráter essencialmente monumental, oferecendo aspecto imponente que, aliados aos imperativos de utilidade, concorresse eficazmente para o embelezamento da cidade."
No dia 1º de julho de 1941, foi inaugurado o Cine Paratodos, de propriedade de Joaquim Lopes Chaves Alvarenga, construído na Rua Cel. Monteiro, próximo à Praça Cônego Lima, sob a responsabilidade do engenheiro-arquiteto A. Tadeu Giuzio, de São Paulo.
O prédio foi construído à base de concreto e aço. A sua sala de exibição foi pavimentada com tacos de madeira, e o balcão e a platéia tinham 1.830 poltronas, tendo cada, uma pequena lâmpada vermelha que assinalava as que se achavam desocupadas. [...]
[...] O Cine Paratodos seria a grande diversão da sociedade joseense nos anos 40, 50 e metade dos 60. As filas viravam o quarteirão nas sessões dos sábados e domingos à noite, com Ali Babá e os 40 Ladrões, Sansão e Dalila, Quo Vadis, O Manto Sagrado, Marcelino Pão e Vinho, os dramas com Sarita Montiel e as "chanchadas" da Atlântida. [...]
[...] Na metade dos anos 60 o Cine Paratodos já tinha perdido seus encantos, substituído por um novo cinema, mais amplo, mais moderno, como ele o foi nos anos 40.”

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O fim do theatro
Trecho do livro “Um tempo na vida em São José dos Campos”, de Augusto Dias
1940
“Até os anos 30, os cine-teatros dividiam suas apresentações em filmes mudos, sempre acompanhados de piano ou uma pequena orquestra "ao vivo", e exibições de peças de teatro, operetas e outras variedades, além de abrirem espaço para solenidades cívicas e bailes.
O cinema era mudo até 1927 e falou pela primeira vez quando Hollywood lançou The Jazz Singer (O Cantor de Jazz) com Al Jolson. Estava decretada a morte do cinema mudo e do 'modus operandi' de milhares de cine-teatros pelo mundo, estes últimos desaparelhados para exibir filmes sonoros que requeriam equipamentos e estrutura mais sofisticados.
O Theatro São José, que existia desde 1910, já tinha, na década de 30, seus equipamentos e instalações precários, além de problemas com o Serviço Sanitário. Em janeiro de 1940, o Prefeito Francisco José Longo concedeu ao concessionário do cinema, Albano Máximo, 90 dias para desocupar o prédio, que pertencia à Prefeitura, após o Centro de Saúde ter determinado seu fechamento devido às suas condições de higiene.”

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De bailes e serenatas
Trecho do livro “Histórias & Estórias de São José dos Campos”, de Luiz Paulo Costa
1950
“Com 15 anos de idade [...], resolvi ir à brincadeira dançante de sábado à noite na Associação Esportiva São José. A sede e o salão de bailes da AESJ ficavam na Praça da Matriz (atual Padre João). [...]
[...] A brincadeira dançante terminou por volta da meia noite e ficamos conversando no Jardim da Preguiça (Praça Cônego Lima) [...]". [...]

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ZYE-5 780 Kilociclos – Radio Clube São José dos Campos / A emissora de elite do Vale do Paraíba
Trecho do "Álbum de São José dos Campos" – 1951
1940
A emissora de elite do Vale do Paraíba.
[...] “Aos 28 de setembro de 1946, a Emissora de Elite do Vale do Paraíba levava aos ares, a música, a palavra, a alma de nosso povo. [...]
[...] a ZYE-5 encontrou desde logo todo o necessário apôio e compreensão, entre os habitantes da térra do clima prodigioso. [...]
[...] No segundo dia de sua fundação, foi chamado para locutor-chéfe da ZYE-5, o Sr. Aniz Mimessi, então Locutor da antiga PL-1, que passou depois a ocupár o cargo de diretor-gerente, onde permanece até hoje, e que éra naquela época preenchido pelo radialista Rafaél Dórsa Júnior.
[...] Como primeiro redator da ZYE-5, tivemos Paulo Meyer [...]
[...] Sob a direção de Paulo Meyer foi formado o primeiro elenco rádio-teatral da E-5 [...]
[...] Estéla Ramos; Paulo Roberto; Raúl Lopes; Cícero Vieira de Acayaba; Hilda Barros [...]; Dinorá Roberti; Romí Duvál; José Roberto; Elisa Freire; José Assis; Fuad Mimessi [...]; Luiza Jequiriçá; Paulo Ramos Machado; Angela Piovesân; Dalva Rodrigues; Geralda Rodrigues; José Carlos; Ubirajara Costa, e muitos outros.
Ano após ano, [...] a Rádio Clube São José dos Campos foi apresentando programações variadas [...]
[...] Atendendo ao gosto popular, tão variado e extenso, o elenco de rádio teatro interpreta cenas românticas, sensacionais, teatro de crime, cenas alegres, quadros sertanejos, charges, etc. [...]
[...] É responsável pela sonoplastia da ZYE-5, Mauro Domingues [...] É também discotecário [...] Helena Mimesi [...] operadora e discotecária, responsável também por "Parabéns para você", um programa diário, com oferecimentos musicáis por parte de ouvintes. [...]

00:00 / 38:10:30
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É Carnaval
Trecho do livro “Histórias & Estórias de São José dos Campos”, de Luiz Paulo Costa
1950
É Carnaval
“Contam os mais antigos que as cidades do Vale do Paraíba festejavam o Carnaval com músicas compostas por pessoas da própria localidade. Isto acontece até os dias atuais com os enredos das escolas de samba e mesmo com as músicas que animam os blocos carnavalescos. E tornou-se tradicional em algumas cidades. [...]
[...] Assim, estimularam-se os pendores musicais locais, que chegaram com suas composições e rivalizaram-se com os famosos compositores do Carnaval brasileiro, elaborando sambas e marchas que embalaram o Carnaval de rua e de salão do Vale do Paraíba.
Em São José dos Campos, por exemplo, um fato curioso marcou um certo Carnaval do passado. Era sucesso a marcha de Lamartine Babo cujo estribilho dizia: "A, é, i, o, u, dabliú, dabliú/ na cartilha da Jujú, Jujú.//"
Não é que o jovem compositor Paulo Lebrão, de tradicional família joseense e, posteriormente, radialista bem sucedido em Santos, São Paulo e até no Rio de Janeiro, resolveu rivalizar-se com Lamartine e saiu-se com essa marcha carnavalesca: "A, é, i, o, ufa lá lá que calor/ Assim sim, mas assim, também não/ A minha fantasia de verão você de Eva e eu de Adão.//”
A cidade esqueceu-se da marcha de Lamartine e cantou a de Paulo Lebrão, que era até mais saborosa.
Neste mesmo diapasão pra não desafinar, não posso esquecer [...] de uma marcha carnavalesca daquela época, de autoria do seu irmão e meu tio, Euclides Costa (que, tempos após, também ficou famoso com a dupla caipira Brinquinho e Brioso, este o seu apelido), dedicada à Eli (que devia ser uma das atrações femininas da época): "Vem Eli/ vem entrar no meu cordão/ foi pra você que eu nasci/ você é toda minha inspiração/ Vem Eli/ vem e me ensina a viver/ se você faltar eu vou sofrer/ por ver o meu bloco perder/ Se você vier vamos fazer/ um sucesso estrondoso/ e todo mundo vai dizer que o nosso bloco é vitorioso/ E depois na quarta-feira/ quando a folia acabar/ pra completar a brincadeira/ vamos brincar de casar.//"[...]

00:00 / 43:10:28
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Serenata sem seresteiros [a primeira serenata eletrônica]
Trecho do livro “Histórias & Estórias de São José dos Campos”, de Luiz Paulo Costa
1950
“Quem às vezes acompanhava a serenata era o jornalista Jorge Lemes. Colega meu na redação do jornal "O Valeparaibano", era uma presença sempre bem vinda.
Um dia encontro com a professora Marlene, cuja família constituída por sua mãe, uma irmã e um irmão morava na esquina das Avenidas João Tuca (hoje Castelo Branco) com a Engº Sebastião Gualberto, que agradeceu a serenata que fizemos para ela na noite anterior. Gostou muito e pedia que fizéssemos sempre. Voltei para a redação intrigado.
Na noite anterior não havia saído de casa.
Conversando com o Jorge Lemes sobre o fato ele deu uma enorme gargalhada!
"Do que você está rindo, Jorge, não vejo nada engraçado! Será que eu sou sonâmbulo?!"
"Não, respondeu ele, pegando o gravador de cima de sua mesa e apertando o botão!"
Não é que o Jorginho tinha gravado uma de nossas serenatas e, interessado nas espanholas, tocou a gravação embaixo da janela da casa delas!
Foi a primeira serenata eletrônica de que ouvi falar.”

00:00 / 23:04:55
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Noel Rosa em São José
Trecho do livro “Histórias & Estórias de São José dos Campos”, de Luiz Paulo Costa
1930
Noel Rosa em São José
Noel Rosa e o Bando de Tangarás estiveram em São José no início de setembro de 1931. O convite foi feito pelo Delegado de Polícia, Dr. Carlos Ribas de Melo Leitão, para que se exibissem, graciosamente, em benefício da Santa Casa de Misericórdia. Eles realizaram alguns "shows", culminando com uma noite de gala no Teatro da Cidade (no mesmo prédio onde hoje se encontra instalada a Biblioteca Pública Municipal "Cassiano Ricardo"), na data histórica de 7 de Setembro. [...]
[...] Em seu livro "No Tempo de Noel Rosa" (ed. Livraria Francisco Alves, 1963), Almirante (Henrique Foréis), cognominado "a maior patente do rádio", conta que o "espetáculo transcorreu num clima de grande atração". [...]
[...] O que Almirante não conta em seu livro, no entanto, é que aceitaram o convite do Delegado de Polícia de São José para tirar durante algum tempo Noel Rosa do Rio de Janeiro, onde a boemia estava agravando o seu estado de saúde. Noel já apresentava problemas pulmonares. E como São José era reconhecida como estância climática, nada melhor para ele descansar por algum tempo. Aqui, entretanto, a boemia continuou. Toda noite Noel e o Bando de Tangarás, depois do "show" beneficente, iam para o Bar 15 e lá ficavam bebendo e cantando até altas horas.
Numa destas noites aconteceu algo inusitado. Noel empunhava o violão e como sempre a mesa em que se encontravam estava rodeada por curiosos que assistiam a apresentação gratuita. De repente, alguém esbarra num copo sobre a mesa e este cai ao chão. Noel escorrega seus dedos pelas cordas do braço do violão e tira um som: "Caiu em si menor!" Com seu apurado ouvido, pegou o tom do ruído da caída do copo!”

00:00 / 36:06:25
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Dois Artistas [e um terceto notável: Zéca, Belmiro e Alzirinha]
Trecho do livro "Nossa Cidade de São José dos Campos", de Jairo César de Siqueira.
1920
DOIS ARTISTAS
1- Zéca Bicudo
Desde 1917 até sua aposentadoria José Paulino Bicudo foi servente do Grupo Escolar "Olímpio Catão", o primeiro grupo da cidade. [...]
[...] Sua grande paixão, no entanto, era o violão. Tocava e compunha.
[...] Zéca Bicudo se concentrava na toada ou no tema musical, enquanto tirava acordes para ativar a memória, e mergulhava de corpo e alma na música que fluía em harmoniosas melodias. É que o Zéca Bicudo fazia do seu violão a continuidade de sua alma, de seus desejos e de suas inspirações. [...]
Sempre dava oportunidades para seus amigos escutarem suas composições originais e inéditas, acompanhadas por arranjos singulares de bonitos efeitos. Ele gostava de cantar e as letras caíam bem em qualquer toada ou cantiga porque tinham expressão e sentimentos na voz quente e bonita do meu amigo Zéca Bicudo.
Quando era um dia de sorte, aparecia em sua casa o Carlos Belmiro dos Santos, um moreno claro, robusto, alegre e muito bom na flauta. Belmiro escolhia alguma valsa do álbum que sempre levava e aprimoravam em solfejos antes de começarem a tocar. Aqueles dois bons artistas se completavam. Ambos tinham muita sensibilidade e eram bons leitores da música escrita, proporcionado inesquecíveis encantos àquelas reuniões [...].
[...] Durante uma boa temporada houve um terceto notável, com o Zéca no violão, o Belmiro na flauta e a Alzirinha no violino. Se todos eram muito bons isolados, quando em conjunto eram perfeitos! [...]

00:00 / 31:29:57
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LEI Nº 9.391, de 07 de Junho de 1966 - Declara de utilidade Pública a "Orquestra Sinfônica do Vale do Paraíba", de São José dos CamposA", DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Leis Estaduais - Legislação Estadual de São Paulo
1960
LEI Nº 9.391, DE 07 DE JUNHO DE 1966
DECLARA DE UTILIDADE PÚBLICA A "ORQUESTRA SINFÔNICA DO VALE DO PARAIBA", DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo seguinte lei:
Art. 1º É declarada de utilidade pública a "Orquestra Sinfônica do Vale do Paraíba"`, com sede em São José dos Campos.
Art. 2º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação
Palácio dos Bandeirantes, 7 de junho de 1966.
LAUDO NATEL
Orlando Brando Filinto
Respondendo pelo Expediente da Secretaria da Justiça
Publicada na Diretoria Geral da Secretaria de Estado dos Negócios do Govêrno, aos 7 de junho de 1966
Miguel Sansígolo
Diretor Geral, Substituto

00:00 / 17:26:38
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Minibiografia de José Tito Alves da Silva, o Maestro Tito
Pesquisa pessoal de Paulo Locatelli
1940
"José Tito Alves da Silva ou Maestro Tito como era conhecido, nasceu em 1886 na cidade de Amparo (SP), funcionário público do Governo do Estado de São Paulo, trabalhou na Escola Olímpio Catão na Cidade de São José dos Campos.
Músico e professor de música, ministrou aula de música em sua residência na Rua Siqueira Campos nº 483, tocava violino, violão, bandolim, cavaquinho, violoncelo, trompete e acordeom, casou-se com Leonor Fonseca Alves da Silva, com quem teve 2 filhos, José Alves da Silva e Maria Aparecida Alves da Silva.
Maestro Tito faleceu em 22.09.1970 na cidade de São José dos Campos, deixando inúmeras composições inéditas."

00:00 / 17:22:17
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Dona Zuzú, a professora de piano e de danças
Trecho do livro "Nossa Cidade de São José dos Campos", de Jairo César de Siqueira.
c. 1920
[...] "Na frente daquele largo ficava a fábrica de gelo de propriedade do sr. Jaime Ferreira e em seguida a residência de dona Zuzú, a professora de piano que além de música ensinava também danças." [...]

00:00 / 5:59:37
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Maestro Francisco Gaia, o famoso Chico Gaia compositor
Trecho do livro "Nossa Cidade de São José dos Campos", de Jairo César de Siqueira.
1920
[...] "Perto morava o maestro Francisco Gaia, o famoso Chico Gaia compositor vitorioso da valsa "Aquele Amor Foi Um Sonho", premiada com o primeiro lugar num memorável concurso, com finalíssima no Teatro Municipal de São Paulo. Ο maestro Chico Gaia inventou um extraordinário método para ensinar música por meio de cores, que obteve grande sucesso na Europa, para onde vendeu os direitos autorais em 1921. Teve três belas filhas, como as peças que compôs..."[...]

00:00 / 11:33:33
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Em Cena: Teatro São José, um Patrimônio, Múltiplos Significados
Trecho do livro "Os Campos da Cidade: São José Revisitada", organizado por Valéria Zanetti
1910
[...] "Esse pequeno núcleo urbano publicou o Almanaque de São José dos Campos para 1905, do jornalista Sebastião Penna da Câmara, que veiculava informações sobre São José dos Campos e outras cidades do Vale do Paraíba. Esse almanaque apresentou várias formas de diversões dos moradores urbanos, mesmo antes da existência do Theatro. Assistiam assim, aos grupos musicais: a Corporação Musical São Benedito, sob a regência em 1905 de Luiz Antonio da Câmara e direção de José Sebastião de Moraes e a Orchestra dos Mozartinos, sob a regência de Francisco dos Anjos Gaia;" [...]

00:00 / 16:16:06
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Costumes
Trecho do livro "Um tempo na vida em São José dos Campos", de Augusto Dias
1940
Costumes
[...] "As noites eram calmas, e o silêncio era rompido quando havia 'ladainha' cantada pelo povo, passando pelas ruas de madrugada.
[...] Havia bandas de música e retretas na Praça Cônego Lima ou no Largo da Matriz, onde também se realizavam quermesses memoráveis." [...]

00:00 / 00:28
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Serenata
Trecho do livro "São José em Quatro Tempos", de Altino Bondesan
c. 1930
[...] "dias de 1937, quando Dória fazia anos e era feriado (facultativo) na cidade! [...] E nosso conjunto, Boêmios do Samba, a cantar: "Doutor Dória oi, Doutor Dória..." Baile, artistas de teatro, políticos ilustres...
Continua o iê-iê-iê... Positivamente, somos do tempo das valsas... [...] (página 7).
[...] "De meu quarto ouço, duas vezes por semana, os ensaios, ora da Banda São Benedito, dirigida pelo Egídio Pinto, ora do jazz do Portelinha. Exercitam-se nos fundos da velha igreja de São Benedito." [...]
[...] Maneco, na calçada, dedilha o pinho e canta [...]
[...] Maneco continua a serenata, rodeado pelas meninas da fábrica de tecidos [...]". (página 18)

00:00 / 16:40:03
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Bandas nos coretos, Casa da Música, Discos, Gramofones, Festas e Bailes
Trecho do livro "Nossa Cidade de São José dos Campos", de Jairo César de Siqueira
1920
[...] "Na música os adultos se extasiavam com as "Aberturas" ou com as "Vienenses", e tanto as bandas nos coretos como a Casa da Música na Rua Direita tinham programas cuidadosamente escolhidos, e os discos que o povo comprava eram a música da moda para seus gramofones fanhosos de bocas largas, geralmente custodiados por uma figura do "fox terrier" em louça e tamanho quase natural, e as casas que vendiam os gramofones davam com o aparelho "à voz do dono", o cão de louça.
Os bailes e as exibições de rua no carnaval, sábado da aleluia e na "Micarême" como nas festas da passagem de ano, eram vistosos e tinham fantasias e máscaras, e nestas últimas, quando soavam as badaladas da meia-noite, todos tiravam as máscaras e haviam ruidosas surpresas recebidas com grande arrelia." [...]

00:00 / 17:20:58
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Bandas de Música São Benedito e de Santana
Trecho do livro "Nossa Cidade de São José dos Campos", de Jairo César de Siqueira
1920
[...] "Ainda não haviam (sic) aparecido as vitrolas que substituiram (sic) os gramofones, mas eram muitos os pianos, violinos, violoncelos, flautas e bandolins. Nas orquestras e nos salões ainda não haviam (sic) aparecido os violões, que eram instrumentos dos seresteiros nas populares serenatas costumeiras, sem aceitação ainda nos salões de fino gosto.
Grandes mestres difundiram o ensinamento da música e do canto em nossa cidade, e algumas excelentes professoras de piano aprimoraram as adolescentes daquela década.
Todos os componentes das Bandas de Música São Benedito e de Santana eram personagens muito populares e estimados, e os concertos que semanalmente executavam atraiam boa parte da população no deleite natural de escutar programas bem escolhidos e melhor executados." [...]

00:00 / 17:15:19
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LEI Nº 1516/1969 - Criação do Instituto das Artes de São José dos Campos / Escola de Artes Plásticas e Escola de Música [extinta pela LEI Nº 1537/70 do prefeito Sérgio Sobral de Oliveira]
Jornal do Município - N.35
1960
LEI Nº 1516/1969 - Criação do Instituto das Artes de São José dos Campos / Escola de Artes Plásticas e Escola de Música.
Jornal do Município – N.35.
Prefeitura da Estância de São José dos Campos.
LEI Nº 1516, de 24 de setembro de 1969.
A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS aprova e eu sanciono e promulgo a seguinte lei:
Art. 1º A Escola de Belas Artes do Vale do Paraíba, criada pela Lei nº 900, de 14 de junho de 1962, passa a denominar-se Instituto Das Artes De São José Dos Campos, ficando diretamente subordinado ao Conselho Municipal de Cultura, e reger-se-á por esta lei e legislação complementar.
Art. 2º O Instituto Das Artes De São José Dos Campos manterá uma Escola de Artes Plásticas e uma Escola de Música em nível médio e superior.
Parágrafo Único. Os cursos mantidos pela Escola de Belas Artes do Vale do Paraíba, extinta por esta lei, passam a integrar o Instituto Das Artes, sob a denominação de Escola de Artes Plásticas.
Art. 3º Dentro de 20 (vinte) dias, o Conselho Municipal de Cultura apresentará ao Prefeito Municipal projeto de regulamentação desta lei.
Art. 4º Caberá ao Conselho Municipal de Cultura providenciar dentro de 90 (noventa) dias da publicação desta lei, a regularização do funcionamento do Instituto Das Artes - junto ao Conselho Estadual de Educação.
Parágrafo Único. O Instituto Das Artes procurará revalidar dentro da legislação vigente, a vida escolar dos alunos e licenciados da Escola de Belas Artes do Vale do Paraíba, extinta por esta lei.
Art. 5º O Instituto Das Artes será dirigido por um Diretor Geral, padrão "12", e cada escola será dirigida por um Diretor, padrão "11", todos de provimento em Comissão.
Art. 6º As despesas com a execução da presente lei correrão, no presente exercício, por conta das verbas - próprias do orçamento vigente.
Art. 7º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário e especificamente a Lei nº 900, de 14 de junho de 1962.
Prefeitura da Estância de São José dos Campos, 24 de setembro de 1969.
ELMANO FERREIRA VELOSO.
PREFEITO MUNICIPAL.
Registrada e publicada no Departamento de Negócios Internos, aos vinte e quatro dias do mês de setembro do ano de mil novecentos e sessenta e nove.
MÁRIO CAMPOS
P/ DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE NEGÓCIOS INTERNOS

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7 de setembro em São José de 90 anos atrás
Pró-memória São José dos Campos
1927
[...] “Uma edição do jornal Correio Joseense de 8 de setembro de 1927 relata como a população de São José dos Campos comemorou o 7 de setembro, dia da Proclamação da Independência, há 90 anos. O site do Pró-Memória guarda essa e outras edições que revelam o cotidiano da cidade no passado. Também houve sarau no grupo escolar Olympio Catão, dirigido pelo professor Affonso Cesar de Siqueira, que proferiu discurso patriótico, além de outros eventos pela cidade. “No Coreto da Praça Cônego Lima, a Corporação Musical São Benedito, sob a batuta do maestro Enrico Della Rosa, realizou uma retreta (exibição de banda de música em local público), cujos números foram geralmente aplaudidos. No salão do Teatro São José, uma comissão organizou um sarau dançante a que compareceram muitas famílias. As danças estiveram muito animadas.” [...]

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Banda de Música nos festejos da criação da Comarca de São José dos Campos
Trecho do livro Mitos, Fatos e Memória - Sobre a origem e os primeiros avanços de São José dos Campos, de Amilton Maciel Monteiro
1870
[...] “promulgação da Lei nº 46, de 8 de abril de 1872. Assinada pelo "Bacharel formado José Fernandes da Costa Pereira Júnior, Presidente da Província de São Paulo" e publicada no dia 6 seguinte, continha a criação da Comarca de São José dos Campos”. [...] “Não é possível descrever o entusiasmo formidável que empolgou a população ao ser instalada a Comarca em 2 de julho de 1872. Festejos importantíssimos tiveram lugar, deles fazendo parte não só o povo, como as autoridades, à frente das quais aparecia o primeiro juiz de Direito, Sr. Dr. Francisco Ribeiro Escobar, nomeado a 30 de abril de 1872. Encheram-se as ruas, foguetes subiram para o espaço e as notas vibrantes da Banda Musical completaram a alegria que dominava as almas daquela gente laboriosa e boa.” [...] “Por volta de 1874 os habitantes do Município de São José somavam quase doze mil pessoas, incluindo cerc de mil e seiscentos escravos. Na cidade já funcionava o primeiro colégio, inaugurado dois anos antes sob a direção de D. José Ovídio Borches, um “competente professor espanhol”, auxiliado pelo latinista Prof. Francisco dos Anjos Gaia. Essa escola funcionou em prédio que existia na antiga Rua do Comércio. [...]”

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Banda de música dirigida por Benedicto Baptista na ocasião da passagem da Família Imperial
Trecho do livro Mitos, Fatos e Memória - Sobre a origem e os primeiros avanços de São José dos Campos, de Amilton Maciel Monteiro
1870
[...] levados em consideração apenas os fatos registrados pela História, deduz-se concludentemente que São José a cada dia galgou sempre uma posição de destaque no cenário político, social e econômico da grande Nação brasileira. Mais uma prova disso foi a projetada parada que o comboio imperial fez na Estação de São José dos Campos, no dia 11 de setembro de 1878. A Família Imperial, na ocasião, foi alvo das mais expressivas demonstrações de afeto por parte não só das autoridades, mas principalmente da população joseense. A banda de música, dirigida por Benedicto Baptista, "famoso requintista da Província", abriu as solenidades à chegada do luxuoso vagão que conduzia Suas Majestades. [...]

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Histórico da SOCEM - Sociedade de Cultura e Educação Musical
Folha avulsa - autoria desconhecida
2000
HISTÓRICO DA SOCEM - SOCIEDADE DE CULTURA E EDUCAÇÃO MUSICAL.
A SOCEM foi criada inicialmente para dar suporte econômico/financeiro ao Madrigal Musicaviva. O coral, que anteriormente era mantido pelo Conselho Municipal de Cultura de São José dos Campos, com a extinção do mesmo, se viu sem condições financeiras de continuar seu trabalho. Foi então que seus integrantes decidiram criar uma sociedade com o objetivo primeiro de manter em atividade o Madrigal Musicaviva.
Posteriormente, em especial nos últimos anos, foi desenvolvida e efetivada a proposta de se estabelecer uma programação anual de concertos e recitais, em apresentações mensais, denominada "Projeto Villa-Lobos", com o objetivo de atingir o público apreciador de música erudita, visando assim à consolidação do hábito de freqüência e participação nos eventos musicais por parte desse público. É necessário ressaltar que, através da SOCEM, São José dos Campos é uma das poucas cidades do interior que, a exemplo de algumas capitais, como São Paulo, possui uma programação musical, anualmente preestabelecida.
Dentre os grupos e artistas brasileiros que se apresentaram no Projeto Villa-Lobos, destacam-se: o Quinteto de Sopro Villa-Lobos, o Quinteto de Sopro de Gramado, o Trio Guarnieri, o Coral Infantil Eco e os artistas Gilberto Tinetti e Edson Elias. Quanto aos grupos e artistas estrangeiros ou radicados no exterior, podem-se citar: Kent County Chamber Choir, Orquestra Jovem do Condado de Kent e os artistas Pierre Roulier e Mauro Vronatran.
Outra particularidade da SOCEM é a promoção de espetáculos didáticos, como os proporcionados por Regina Schochauer e pelo Quinteto Villa-Lobos, que propiciam aos espectadores um maior e melhor conhecimento musical.
Tem sido heróica e infatigável a batalha empreendida pelos membros da SOCEM no sentido de divulgar a música erudita no Vale do Paraíba e manter a incontestável qualidade de sua programação. A SOCEM luta com a falta de acomodações adequadas, bem como com a falta de verbas próprias, sempre dependendo da boa vontade de órgãos públicos e privados, bem como de numerários provenientes de assinaturas de sócios para garantir o pagamento do cache dos artistas, manutenção do coral e demais despesas.
A SOCEM se depara constantemente com a apatia, proveniente da falta de tradição de cultura humanística e musical, que infelizmente caracteriza a região. Conjugue-se ao empecilho cultural a rotatividade do elemento humano e a filosofia e proposição tecnológicas implantadas pelo representativo parque industrial regional. Não obstante as enormes dificuldades encontradas pela SOCEM para cumprir com seus objetivos, a aceitação por parte do público que assiste aos recitais, faz com que seus dirigentes continuem a levar seu trabalho adiante.

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Da Bossa Nova ao Sabiá de Ouro
Trecho do livro "Histórias & Estórias de São José dos Campos" de Luiz Paulo Costa
1960
Da Bossa Nova ao Sabiá de Ouro
"[...] Recomeçando a vida profissional como redator de noticiário na Rádio Piratininga, tive a oportunidade de idealizar e apresentar um programa musical que difundia a bossa nova. Daí a razão de ter organizado o primeiro encontro de bossa nova de São José para a UJES (União Joseense dos Estudantes), no salão de dança do Tênis Clube, com enorme sucesso.
O maestro Sérgio Weiss, criador do Biriba Boys, já tinha renome nacional, gravando, inclusive, o Ho-Ba-Lá-Lá de João Gilberto. A cidade, no entanto, desconhecia os seus novos valores. O Luiz Antonio, que acabou crooner do Biriba Boys e foi sucesso até a sua morte na França. O Vani Carvalho de Almeida, que já integrava conjuntos de ritmos. O Paulo Eduardo de Souza, o nosso Paulinho da Viola da época, Luiz Antonio Torres (Quatá), Alfredo Pereira Neto (Dico), Eriberto, Zezé, Élbio, Maria Inês Corrêa, Vicente Almeida e tantos outros talentos da bossa nova joseense.
Depois vieram as apresentações dos grandes nomes da música brasileira moderna como Elis Regina, Pedrinho Mattar Trio, Claudete Soares e Jongo Trio, no Cine Palácio, no "Eco-Samba", organizado por José Arnaldo Simão, do Diretório Acadêmico "Campos Salles" dos alunos da Faculdade de Economia da Fundação Valeparaibana de Ensino. Com o Conselho Municipal de Cultura e as "Semanas de Arte e Cultura" e "Cassiano Ricardo", os eventos musicais se multiplicaram. Até o Quarteto Novo de Hermeto Paschoal, Heraldo do Monte, Théo de Barros e Airto Moreira se reencontrou para uma última apresentação no Tênis Clube, articulada por Luiz Erasmo de Moreira, da Comissão de Música do Conselho Municipal de Cultura. Tudo culminou com o Primeiro Festival de Música Popular Brasileira de São José dos Campos, o "Sabiá de Ouro”, em 1969. Ali, puderam pontificar as revelações do encontro de bossa nova do Tênis Clube, de 1965, como Vani Carvalho de Almeida e Paulo Eduardo de Souza, músicos e compositores talentosos. Assim como Jota Moraes (músico e arranjador do Biriba Boys) e Roberto Wagner de Almeida (advogado, jornalista e poeta), a dupla de compositores vitoriosos do "Sabiá de Ouro" de 1969/70. [...] O "Sabiá de Ouro" foi também uma porta aberta para compositores populares como Sebastião Antonio da Silva, o Tião Silva, operário da Tecelagem Parahyba e autor de memoráveis sambas-enredos e centenas de outras composições.
O sucesso do primeiro "Sabiá de Ouro" foi tão grande que, mesmo com o processo de extinção do Conselho Municipal de Cultura, determinado pela implantação da Doutrina de Segurança Nacional pelo prefeito nomeado Sérgio Sobral de Oliveira, o mesmo garantiu a realização do segundo "Sabiá de Ouro", em 1970, nos estertores do movimento cultural joseense. A política de recreação e lazer ia tomar conta da cidade, prenunciando o posterior marasmo cultural que permaneceu durante muitos anos. [...]

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Fez-se noite em São José dos Campos
Trecho do livro "Espaço de Belas Artes do Vale do Paraíba - Um olhar jornalístico" de Pércila Márcia da Silva
1970
Fez-se noite em São José.
"Com apenas um decreto foram extintas, em 1970, várias iniciativas culturais instituídas por lei, inclusive o próprio Conselho Municipal de Cultura. Condenado a um período de escuridão, o crescente movimento foi descaracterizado em sua espontaneidade. Na tentativa de reacender algum foco ainda existente, criou-se, em agosto de 1970, a Divisão de Cultura do Departamento de Educação. Sob sua supervisão, foi realizada no Tênis Clube a II Mostra de Artes Plásticas Contemporânea. Participaram da Mostra, entre outros, Nelson Quaresma, Odetto Guersoni, Isabel Santos Toledo e Teresa Nasar.
A partir de então, os salões se tornaram irregulares quanto à periodicidade, tendo ocorrido outros três, em 1979, 1983 e 1985. Neles concorreram artistas como Yutaca Toyota, Maria Bonomi, Gilberto Salvador, Lothar Charoux e Tuneu. A Coleção de Artes Visuais do Museu Municipal é composta, em grande parte, por obras provenientes dos salões de arte ocorridos entre 1969 e 1985.
Outras iniciativas ocorreram, porém, desvinculadas do poder público municipal. Em 1974, por exemplo, o Ateliê Livre de Pintura funcionava no espaço cedido pelo arquiteto Luiz Erasmo Moreira. Hermelindo Fiaminghi voltou a orientar os trabalhos. Nessa época, freqüentavam o Ateliê Livre, como alunos, Luiz Eduardo Ribeiro de Carvalho, Estevão Nador, Luíza Irene Galvão, Iracy de Almeida Puccini, Cláudio Márcio, Isabel Santos Toledo, Osvaldo Martins Toledo, Maria Sônia de Oliveira e João Fischer, entre outros."

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O embrião da Rádio PL-1
Trecho do livro "Brinquinho e Brioso - Os Embaixadores da Alegria" de Tita Selicani
1930
"Ainda em 1938, foi inaugurada em São José dos Campos uma estação de propaganda. Tratava-se de dois alto-falantes instalados na rua XV de Novembro, de propriedade de Henrique Mudat e direção geral de Paulo Lebrão. A estação, que tocava música e supria a falta das bandas, antes presentes naquela via pública, foi o embrião da Rádio PL-1, criada em 24 de julho do mesmo ano. Brioso em seus manuscritos conta como a rádio começou:
Fizemos um estúdio, que era separado do auditório por um vidro, no prédio do Esporte Clube São José. Fiquei como diretor artístico. Trabalhava na prefeitura durante o dia e, à noite, ensaiava os cantores para o programa 'Hora dos Calouros.”

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Da Cultura Rural à Fundação Cultural
Resumo de Dissertação de Mestrado Universidade do Vale do Paraíba
1900 - 2000
Dissertação de mestrado. Aluna: Luiza Irene Gozzo Galvão.
Orientadora Profª Dra. Maria de Lourdes Neves O. Kurkdjian
UNIVAP, 2004.
Resumo: "Trata-se de um estudo sobre cultura e políticas culturais em São José dos Campos durante o século XX.
Apresenta-se um breve relato da história recorrente das transformações econômicas e demográficas, e a cultura como resultante dessa experiência particular. O período de cem anos se coloca como contexto no qual são localizados os períodos de ampliação e retração de atividades, de participação e envolvimento da população em questões referentes à cultura. Procurou-se com este trabalho produzir conhecimentos que possam contribuir para que nos planejamentos urbanos a esfera da cultura seja considerada como relevante à qualidade da vida urbana, e que políticas públicas especificas venham a estimular uma maior participação da população, como recomenda a Constituição de 1988.
Para tanto, no primeiro capitulo são apresentados os elementos conceituais referentes à orientação
teórica e metodológica que amparou a construção deste trabalho. No capítulo dois é feita uma breve
caracterização e histórico do município de São José dos Campos, apontando as transformações
econômicas e demográficas que foram consideradas relevante para a compreensão de aspectos da vida
sócio cultural. No terceiro capitulo são relatados os aspectos da arte, da cultura e da vida social em São José, durante o século XX. No quarto capitulo são citados e comentados o patrimônio, as políticas públicas e outras formas de interferência referentes à cultura existentes na cidade. Nas considerações finais são apresentadas as conclusões obtidas sobre as implicações das tradições e da ação do poder público municipal, para o debate cultural e para as possibilidades de manifestações culturais."

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Parque Santos-Dumont (SJC) ou onde os fracos não têm vez
Trecho da revista ABATE #3
1960
Parque Santos-Dumont (SJC) ou onde os fracos não têm vez - Pedro Machado. Página 11:
[...] "Apesar de esse parque servir a uma afirmação de força, é uma das últimas construções onde se percebe o olhar conjunto da Politécnica e das Belas-Artes na cidade - encontramos, por exemplo, projetos da década de 1 950, com a arquitetura de Rino Levi, e projeto paisagístico de Roberto Burle Marx na fazenda da Tecelagem Parahyba, hoje Parque da Cidade. Antes de virar ruína, o mesmo sanatório Ezra, já desativado, abrigou em 1969 o Ateliê Livre de Pintura do Conselho Municipal de Cultura. Este conselho, juntamente com a Escola de Belas Artes do Vale do Paraíba (Instituto das Artes) são extintos por lei municipal no ano de 1970." [...]

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LEI Nº 6166/2002 - Dia do Músico Joseense
Jornal Boletim do Município - N. 1525
2000
Lei Nº 6166/02 de 20 de setembro de 2002.
Institui o Dia do Músico Joseense.
O PREFEITO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS faz saber que a Câmara Municipal aprova e ele sanciona e promulga a seguinte lei:
Art. 1º É instituído o "Dia do Músico Joseense", a ser comemorado anualmente no 2º sábado do mês de agosto.
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de São José dos Campos, 20 de setembro de 2002.
Emanuel Fernandes
Prefeito Municipal
Luciano Gomes
Consultor Legislativo
Maria Antonia Alvarez Perez
Assessora de Eventos Oficiais
José Adélcio de Araújo Ribeiro
Secretário de Assuntos Jurídicos
Registrada na Divisão de Formalização e Atos da Secretaria de Assuntos Jurídicos, aos vinte dias do mês de setembro do ano de dois mil e dois.
Roberta Marcondes Fourniol Rebello
Divisão de Formalização e Atos
(Projeto de Lei 139/02 de Autoria do Vereador Hélio Nishimoto)

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LEI N° 4282/92 - cria o Clube do Chôro "Elmano Veloso" de São José dos Campos
Jornal Boletim do Município - N. 916
1990
Lei Nº 4282/92 de 22 de setembro de 1992.
Cria o CLUBE DO CHÔRO "ELMANO FERREIRA VELOSO" de São José dos Campos.
O Prefeito Municipal de São José dos Campos, faz saber que a Câmara Municipal aprova e ele sanciona e promulga a seguinte lei;
Art 1º - Fica criado o CLUBE DO CHÔRO "ELMANO FERREIRA VELOSO" de São José dos Campos.
Parágrafo único - O CLUBE DO CHÔRO se reunirá às sextas-feiras, a partir das 21h, na Fundação Cultural Cassiano Ricardo ou em local por ela cedido para este fim, e sempre que assim for decidido por seus integrantes.
Art 2º - Qualquer cidadão poderá se filiar ao CLUBE DO CHÔRO, nos termos de seu Regulamento, e participar de atividades.
Prefeitura Municipal de São José dos Campos, 22 de setembro de 1992.
Pedro Yves
Prefeito Municipal
Registrada na Divisão de Formalização e Atos da Secretaria de Assuntos Jurídicos, aos vinte e dois dias do mês de setembro do ano de mil novecentos e noventa e dois.
Fortunato Júnior
Divisão de Formalização e Atos
(Projeto de Lei de autoria do Vereador: LUIZ PAULO COSTA)

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Este projeto foi desenvolvido pelo CDM SJC para preservação de memória e auxílio à pesquisa, em acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018, Artigo 7º) que dispõe sobre a utilização para estudos por órgão de pesquisa. A equipe realizou todos os esforços para identificar e creditar todas as imagens e obras, e se mantém à disposição para acrescentar (ou retirar) informações mediante solicitação por email (cdmsaojose@gmail.com)
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